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chuvas de barro
olhos nas rendas desenhadas nas ruas penduradas nas árvores
a água faz-me desenhar
o que nem sei existir
leio os lusíadas
sinto a água em nevoeiro
ao ler sei um novo tempo
iniciado em nós nestas rendas
desejadas em silêncios
escavámos um poço
de sal
apagámos os desejos
neste rio inventado
de palavras sós
fico à beira de mim
tecendo águas
no que nunca diremos
Constança Lucas
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