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(roubado por aí...)
Há tanto tempo que eu a esperava
Nas noites longas das discussões
Clandestinas, prolongadas, eternos serões
Há tanto tempo que eu ansiava por ir cantar para a rua
Garganta nua sem espada apontada
Tanto tempo antevi a discutir e desejei
Tanto tempo sofri por tudo o que não disse e não cantei
Chamava-se ela Liberdade, Revolta, eu sei lá
Talvez justiça ou simplesmente Igualdade
E era como uma gaivota solta da gaiola da cidade
E ei-la que chegou esperada e alegre
Numa madrugada triunfal
Durante uns tempos ´inda se chamou Revolução, hum!
E tinha a palavra aberta e a mão na mão, lembram-se?
Tinha a palavra aberta e a mão na mão
Depois teve nomes, baptismos e crismas
Foi, foi a transição para…
Foi, foi também como sabem… a via original
Surgiram os ventos, surgiram os cismas
Ventos de través, ventos de través na nau de Portugal
E que vejo eu?
É preciso voltar a combater pela verdade
É preciso voltar a perceber o que é a unidade
Quando um povo se ergue e pergunta como é?
Alguém vai tremer
É preciso é unir esse povo
E ousar lutar, ousar vencer
E lembrarmo-nos de novo
Que há tanta coisa para fazer
Pela unidade popular é preciso é juntar esse povo,
E ousar lutar, ousar vencer
E lembrarmo-nos de novo
Que há tanta coisa para fazer
Poema e música de Pedro Barroso
sexta-feira, abril 25, 2008
quinta-feira, abril 17, 2008
Demagogia
...
Livia Alessandrini - Archeologia della mente
.
.
Dão nas vistas em qualquer lugar
Jogando com as palavras como ninguém
Sabem como hão-de contornar
As mais directas perguntas
.
Aproveitam todo o espaço
Que lhes oferecem na rádio e nos jornais
E falam com desembaraço
Como se fossem formados em falar demais
.
Demagogia feita à maneira
É como queijo numa ratoeira
P’ra levar a água ao seu moinho
Têm nas mãos uma lata descomunal
.
Prometem muito pão e vinho
Quando abre a caça eleitoral
Desde que se vêem no poleiro
São atacados de amnésia total
.
Desde o último até ao primeiro
Vão-se curar em banquetes, numa social
Demagogia feita à maneira
É como queijo numa ratoeira
Letra e música de Luís Pedro Fonseca
Álbum Perto de ti, Lena d’Água 1982
Livia Alessandrini - Archeologia della mente
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Dão nas vistas em qualquer lugar
Jogando com as palavras como ninguém
Sabem como hão-de contornar
As mais directas perguntas
.
Aproveitam todo o espaço
Que lhes oferecem na rádio e nos jornais
E falam com desembaraço
Como se fossem formados em falar demais
.
Demagogia feita à maneira
É como queijo numa ratoeira
P’ra levar a água ao seu moinho
Têm nas mãos uma lata descomunal
.
Prometem muito pão e vinho
Quando abre a caça eleitoral
Desde que se vêem no poleiro
São atacados de amnésia total
.
Desde o último até ao primeiro
Vão-se curar em banquetes, numa social
Demagogia feita à maneira
É como queijo numa ratoeira
Letra e música de Luís Pedro Fonseca
Álbum Perto de ti, Lena d’Água 1982
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