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René Magritte
Quando eu já não estiver aqui, deixem-me partir,
tenho tantas coisas a fazer e a ver…Não chorem muito quando pensarem em mim,
agradeçam, sim, pelos belos e bons anos que passámos juntos.
Dei-vos o meu amor e vocês poderão adivinhar
a felicidade que me deram.
Agradeço o amor que cada um me demonstrou
mas agora é tempo de viajar sozinha.
Sofram por mim um pouco, se tiverem que o fazer;
depois, deixem que a fé vos dê força e conforto.
Estaremos separados apenas por algum tempo, por isso,
guardem e acarinhem as recordações no vosso coração.
Não estarei longe e a vida continua…
Se precisarem de mim, chamem, e eu virei.
Apesar de não me poderem ver ou tocar, eu estarei por perto,
e se escutarem com o vosso coração, perceberão claramente,
como o meu amor vos envolve com ternura.
E quando for altura de também partirem, estarei lá
para vos acolher com um sorriso e um bem vindos a casa.
Não vão chorar sobre a minha campa,
não estou lá, não, não estou lá.
Sou os mil ventos que sopram.
Sou o cintilar dos cristais de neve.
Sou a luz que atravessa os campos de trigo.
Sou a doce chuva do outono.
Sou o revoltear das aves
na calma do amanhecer.
Sou as estrelas que brilham na noite.
Não vão chorar sobre a minha campa,
não estou lá, não morri.
tradução livre dos poemas:
"To Those Whom I Love And Those Who Love Me" by Mary Alice Ramish
and
"A Hopi Prayer" by Mary E. Frye
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